Padronização e produtização são caminhos para elevar a produtividade na construção civil

Embora possua tecnologias suficientes para operar de modo mais eficiente, a construção civil ainda padece com problemas como baixa produtividade, estouros de custos e prazos, baixo desempenho e altos índices de desperdícios. “Isso é resultado de uma combinação de fatores que incluem a adoção de sistemas construtivos arcaicos, alta dependência de mão de obra e falta de padronização de projetos”, analisa Heitor de Vasconcelos Gouveia, head de inovações da Ambar. Em masterclass realizada em julho, no canal do YouTube da SH, ele lembrou que, em um contexto de elevação do custo de materiais e de falta de mão de obra, a industrialização e a digitalização tornam-se ainda mais imperativas para levar produtividade aos canteiros.

“A maioria dos jovens não quer atuar na construção, mas em outras atividades que permitem ganhar o mesmo trabalhando menos”, disse Gouveia. Na visão dele, para ser atrativo, o setor precisa oferecer urgentemente oportunidades para que o operário se transforme em um montador multifuncional de sistemas plug and play.

Padronização de projetos

Entre os gargalos que atrapalham o desempenho das construtoras, a falta de uniformização de projetos e de procedimentos de execução nas áreas de elétrica e hidráulica é um dos mais impactantes. “Em aproximadamente 80% das habitações de padrão econômico, os projetos de banheiros e cozinhas são arquitetonicamente muito semelhantes. Só que cada empresa executa de um jeito, não gerando otimizações. Se todos caminhassem em um mesmo sentido, poderíamos transformar o banheiro em um produto e sermos, de fato, industrializados”, diz o head de inovações da Ambar.

Ao mesmo tempo, é necessário voltar-se para tecnologias que simplifiquem as atividades em campo, com destaque para produção off-site. A utilização de componentes fabricados em indústrias oferece vantagens como maior produtividade, redução do número de itens em estoque, centralização em um único fornecedor, diminuição de desperdícios e maior controle de qualidade.

“Soluções como as paredes de drywall que chegam à obra com todas as instalações embutidas permitem converter cinco atividades em uma. O sistema de instalações prediais pode ser executado com 50% mais velocidade, reduzindo em até 70% a quantidade de trabalhadores no canteiro, sem contar a redução de processos e de desperdícios”, comenta Heitor Gouveia. Ele ressalta que esse tipo de solução responde, também, à necessidade de as construtoras garantirem qualidade. “Hoje, em obras convencionais, os maiores índices de assistência técnica decorrem de problemas com o ralo e com a regulagem de disjuntor, itens simples, mas que podem gerar problemas sérios”, informa ele.

Industrializado x artesanal

Para Gouveia, uma barreira que impede os avanços necessários para a construção civil é a dificuldade que muitos construtores têm de analisar custos. Há um mito de que comprar kits prontos sai mais caro do que fazer do modo artesanal. “Mas como pode ser mais caro se essa tecnologia elimina sobras e resíduos, torna a gestão de suprimentos mais enxuta, exige menos gente envolvida e oferece mais facilidade para controlar?”, questiona ele, ressaltando a importância de ser fazer uma comparação correta, que considere todos os custos globais. “Essa mudança de pensamento é fundamental para viabilizar a industrialização e permitir que a construção civil saia dessa realidade perversa de baixa produtividade e pouca qualidade”, concluiu.

A Ambar, por meio da Smart Pods, desenvolve soluções de engenharia tecnicamente avançadas, que saem prontas e 100% testadas de fábrica para serem conectadas na obra com agilidade e garantia. Para conhecer mais sobre essa e outras soluções, entre em contato!

Assista na íntegra a masterclass de Heitor Gouveia, promovida pela SH.