Industrialização de sistemas prediais avança com soluções cada vez mais completas

Fundamental para que a cadeia da construção dê o salto de produtividade tão necessário, a industrialização das instalações prediais no Brasil é um movimento que vem evoluindo pelo menos desde os anos 1990. É fato que ainda há muito o que avançar e que, na maior parte das construtoras, predomina o desperdício de tempo, de recursos e de esforços na execução de instalações prediais no Brasil.

No entanto, a maior sinergia entre os desenvolvimentos da indústria com as demandas do mercado tem amplificado as possibilidades de aplicação de soluções pré-montadas. Entre as construtoras que são líderes em seus mercados, já não é raro encontrar shafts e módulos hidráulicos ou elétricos pré-fabricados, que chegam ao canteiro prontos e testados.

Outro desenvolvimento que mostra o estado-da-arte quando falamos em industrialização predial é o módulo parede hidráulica. Essa solução pode ser customizada de acordo com as características de cada planta e é fornecida com o sistema de água quente e fria, esgoto, caixa de descarga, lavatório e kit chuveiro já instalados.


Perspectiva histórica

Ainda que de forma lenta, a industrialização das instalações prediais vem acontecendo no Brasil. Ao longo dessa jornada, alguns marcos foram importantes. 

A começar pelas iniciativas da extinta construtora Encol, que na segunda metade dos anos 1980 trabalhava com a visão de transformar materiais em sistemas. Em empreendimentos residenciais da construtora foram introduzidos, de forma pioneira, soluções como shafts para facilitar a passagem das instalações e futuras inspeções.

Depois disso, novos materiais chegaram ao Brasil, com destaque para o drywall, que proporcionou mais oportunidades para a industrialização, e para o sistema PEX (polietileno reticulado), que permitiu reduzir o número de conexões e, consequentemente, de vazamentos.

Também foi impactante a ação de algumas grandes construtoras que, em meio ao boom do mercado imobiliário entre 2010 e 2014, buscaram novas tecnologias construtivas. Diante da pretensão de construir em todo o Brasil, essas empresas sentiram a necessidade de padronizar as instalações para garantir a mesma qualidade construtiva em diferentes localidades. Esse cenário impulsionou o desenvolvimento dos kits hidráulicos.

Paralelo a esses desenvolvimentos, o Brasil viu a expansão da modelagem da informação da construção. O BIM maximizou as oportunidades de industrialização, permitindo reduzir incompatibilidades em projetos e a produção de kits com um grau de precisão ainda mais elevado.

Por que industrializar?

Facilidade na instalação, maior precisão dimensional, redução de desperdícios e melhor qualidade das conexões — que são executadas sob controle industrial — são vantagens associadas às instalações prediais industrializadas. Além de melhorar a produtividade, a utilização de kits hidráulicos ou elétricos diminui a ocorrência de manifestações patológicas e, consequentemente, o custo com assistência técnica. Outro benefício é o menor efetivo de instaladores no canteiro, impactando positivamente os custos indiretos.

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